quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Aos céus

E então num rio de fogo o céu se partiu!
abriu no meio ao folclore do apocalipto, e as serpentes do mal desceram!
A loucura total, sinal aberto, chuva de faca. Claro, limpido e sem pudor, logo apareceria o filho da besta!
Ante-cristo, com a mão da guerra, os pés da política, e a lingua do demônio!

Abre entre todos o languido rio de loucura.
E então numa orgia megânica toda a terra se adormeceu.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dizem que foi assim que aconteceu, ninguem sabe direito. Mas falam de um vulto, uma sombra tão grande que tampou o sol.
Alguns diziam que era Deus. Outros que era o Homem.
Mas não se negava, estava alí, e todos viam e reviam.
Estava alí como as ondas na praia, como as nuvens no céu,
E num lexo tudo se foi, uma breve soberba, um rispido ultrage.
O que era, já que era, nenhuma alma sabe, Uns juram que era Deus. Outros que aquilo era obra do homem.
E quando menos se esperava a resposta se revelou, O Homem-Deus, queria o mundo para sua coleção de criaturas individualistas, Mas o Deus-Homem Não deixou sua criação vulnerável. E numa inexorável transparência, eliminou qualquer traço do Homem que Brincava de ser Deus. Foi assim que aconteceu, Ninguem sabe direito.