terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dizem que foi assim que aconteceu, ninguem sabe direito. Mas falam de um vulto, uma sombra tão grande que tampou o sol.
Alguns diziam que era Deus. Outros que era o Homem.
Mas não se negava, estava alí, e todos viam e reviam.
Estava alí como as ondas na praia, como as nuvens no céu,
E num lexo tudo se foi, uma breve soberba, um rispido ultrage.
O que era, já que era, nenhuma alma sabe, Uns juram que era Deus. Outros que aquilo era obra do homem.
E quando menos se esperava a resposta se revelou, O Homem-Deus, queria o mundo para sua coleção de criaturas individualistas, Mas o Deus-Homem Não deixou sua criação vulnerável. E numa inexorável transparência, eliminou qualquer traço do Homem que Brincava de ser Deus. Foi assim que aconteceu, Ninguem sabe direito.

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