quinta-feira, 26 de junho de 2008

eu quero pra mim!

Eu quero pra mim um pote de arcoiris. cheio de nada!
eu quero só o pote mesmo... é daqueles bem vagabundos... pra botá dentro toda a minha amolação. ah mais pra isso tem que ser um pote grande.. beeeeeem grande... pq quando chamam meu nome... ou é pra me dar notícia ruim ou é pra pedir favor... ADORO. igual aqueles burro de cara mesmo...que ainda tem que pregar as próprias ferraduras.. ehhh falando nisso to precisado de ferraduras novas... o tranco tá pesado.. VOCÊS conhecem o significado da palavras férias?! pois é .. eu não... quando saio da escola... chego em casa. é tiãozinho pra cá... faiz isso pra mim pra lá... ahh tambem to querendo um SACO... bem grande daqueles do papai noel pra coseguir aguentar... o meu tadinho... jah tah até furanu... mas tá bom.. se eu ganhar um pode do arcoiris cheio de nada e um saco do papai noel dah pra i levando a vida... no mais vou bem obrigado...e você?!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Alguem diria que foi verdade

Os olhos brilharam quando a lua apareceu. Ela gostava da noite. As estrelas fingiam escrever seu nome no céu. As ruas já vazias anunciavam o frio da madrugada.
Vestiu seu sobretudo preto e foi ao mar. Não havia medo naquele rosto, havia um brilho, um Que especial de mistério. Com os pés na areia fina da praia olhou para cima, viu mais uma vez a lua. Redonda, amarela. Os cabelos esnuveados pela brisa.
Um barco deu de se aproximar da costa. A viu, linda, imponente e mistica. Ninguem tinha visto aquela mulher alí, nem sabiam porque ela estava alí. So sabiam que lá estava ela. de sobretudo preto nas areias da praia.
Quem um dia viu algo semelhante sabe como terminou, em afogamento. Não, não ela, ela posicionou-se alí estática, sem mover um piscar de olhos sequer. a manhã foi chegando, o brilho do sol foi aparecendo, as pessoas começaram a observar a mulher de preto nas areias. Assim como apareceu na madrugada, virou as costas ao mar e foi-se embora, entrou languida pelo saguão do prédio e fez com que a porta do apartamento fechasse em tremendo estrondo atraz de sí.


" se um dia o mar pedir-me em casamento, a noite seria nossa morada e a lua nossa cúmplice"

As lagrimas rolaram pela face alva. As paredes daquele apartamento pareciam se estreitar a cada passo seu alí dentro.

Com o mesmo sobretudo, abriu novamente a porta, atravessou a avenida e lançou-se aos braços brancos e espumados, alí estava feliz. Sim, deixou que a maré a levasse, e até hoje ouvem-se relatos de uma mulher de preto em muitas e muitas praias do mundo.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Roupa maneira

Acordei e ví que estava nú, peladinho peladinho. Roubaram minhas roupas ou eu durmí dimais.
Meu quarto, ao menos isso estava ali para dizer que estava em casa. Que casa?! sei lá so sei que era casa.
O sol na janela dava sinais de que iria fritar a careca do vendedor de lamb-lamb na esquina.
Sai pelas ruas até me esqueci que estava nú, peladinho peladinho. A vizinha não notou, me olhou e disse: Não penteou os cabelos hoje guri! Guri?! Mas nem moro no sul!?
O jornaleiro também não pois me disse que eu não havai amarrado os sapatos. Mas nem uso sapatos?!
Fui andando e ouço uma voz vindo de baixo. Um grilo dizia. Ei psiu, garoto. Você está nú. Foi ai que me lembrei, e disse a ele, que não me lembrava onde estavam minhas roupas.
Continuei, passei por uma, duas três esquinas, e então o grilo me pergunta. Porque estás nú? onde estão as suas roupas?! Não sabia responder, nem me importava com o fato de estar nú.
Passei pela padaria, entrei peguei um pão e sai. Fui à Banca comprei o jornal e saí.
Cansando então de andar voltei para casa. No caminho o grilo salta em meu ombro e me diz. Roupa maneira.

Parei; olhei; pensei e disse: Voce não disseste que estava eu estava nu?!
A resposta veio rápida e certeira: Eu disse Roupa maneira meu garoto, Não alma maneira.

segunda-feira, 2 de junho de 2008