terça-feira, 10 de junho de 2008

Roupa maneira

Acordei e ví que estava nú, peladinho peladinho. Roubaram minhas roupas ou eu durmí dimais.
Meu quarto, ao menos isso estava ali para dizer que estava em casa. Que casa?! sei lá so sei que era casa.
O sol na janela dava sinais de que iria fritar a careca do vendedor de lamb-lamb na esquina.
Sai pelas ruas até me esqueci que estava nú, peladinho peladinho. A vizinha não notou, me olhou e disse: Não penteou os cabelos hoje guri! Guri?! Mas nem moro no sul!?
O jornaleiro também não pois me disse que eu não havai amarrado os sapatos. Mas nem uso sapatos?!
Fui andando e ouço uma voz vindo de baixo. Um grilo dizia. Ei psiu, garoto. Você está nú. Foi ai que me lembrei, e disse a ele, que não me lembrava onde estavam minhas roupas.
Continuei, passei por uma, duas três esquinas, e então o grilo me pergunta. Porque estás nú? onde estão as suas roupas?! Não sabia responder, nem me importava com o fato de estar nú.
Passei pela padaria, entrei peguei um pão e sai. Fui à Banca comprei o jornal e saí.
Cansando então de andar voltei para casa. No caminho o grilo salta em meu ombro e me diz. Roupa maneira.

Parei; olhei; pensei e disse: Voce não disseste que estava eu estava nu?!
A resposta veio rápida e certeira: Eu disse Roupa maneira meu garoto, Não alma maneira.

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