terça-feira, 13 de maio de 2008

Minha casa

Um lugar que visitei hoje me chamou a atenção. Nenhum rastro de civilização. Na dobra do morro o rio corre feito serpente, um bosque mergea a propriedade. vinte mil passos a frente o céu encontra o mar verde da relva.
Algo me diz que é alí que hei de morar.
Pássaro branco me anuncia de longe sua presença.
Vem voando, de ruflar lento e jocoso. como se zombasse de todos o poder do vôo.
Alguns poucos barulhos, um grilo. um jacú grita ao longe. Nuvens, rio, verde e o friozinho do fim de tarde apentando na ponta dos dedos.
De posse de lápis, me faltou papel. Tive que esperar, memorizei cada pedacinho com a mente.
Ví numa folha sobressaltada um pontinho vermelho. Uma joaninha, não tinha pintinhas pretas, era só vermelha, com as asas mais brilhantes que já ví, estendi o dedo proximo a folha e ela subiu pela minha mão. Ficou por algum tempo tranladando por entre os dedos... Voou.
Montei na moto, busquei caminho da cidade. Deixei para traz o paraíso... mas lá um dia hei de morar!

Um comentário:

Eduardo Zanetti disse...

É cabeça, saiba que você mora num lugar assim, dentro do meu peito, irmão.