sábado, 17 de maio de 2008

Quando tudo pede um pouco mais de calma...

A vida acelerou assim tão derrepente, tudo parece fácil, resultado da inércia.
Mas quem sou eu para dizer que as coisas vão assim tão rápido. Começo a desenhar quero logo que chegue ao fim.
Uma gota de chuva cai sobre o papel. Um pingo de solidão, de desesperança, o mundo está girando cada vez mais veloz, e as gotas caem frígidas e gélidas, sem ao menos se importar com quem está por baixo. Cai.
Parece que foi ontem que tudo aconteceu, todos os momentos de minha vida, todos ao meu redor. Parece que foi ontem, parece que foi ontem. Quando criança rodava ciranda, pulava corda, cantava rodopios. Tive um cachorro um aquário com peixinhos. Parece que foi ontem, nadava no rio, tinha um balanço de pneu, uma casa na árvore. Ontem, ao menos me parece, roubei goiaba no terreiro do vizinho, corri de cachorro, pulei muro. Fiz travessuras, roubei namorada de amigo. Me aparento mais velho ao menos nas idéias, resultado do que já vivi. Já chorei pra não ter que ir a aula, já fingi doença para não fazer prova. Parece que foi ontem que toda a minha vida se passou.

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